O gráfico acima mostra as respostas de 43 organizações em Portugal à seguinte questão:
Qual o impacto que a pandemia teve na sua organização, nomeadamente pela forma como obrigou um enorme número de colaboradores a trabalhar remotamente?
Em resposta a esta questão podiam ser assinaladas tantas opções quantas as que fizessem sentido para a organização que respondia:
- A GC passou a ser vista pela Direção de topo como uma prioridade
- Com tantas outras urgências, a gestão de conhecimento perdeu prioridade
- A generalização das plataformas digitais ajudou a disseminar as plataformas e funcionalidades “amigas” da GC
- Tornou mais clara a importância da gestão de conhecimento
Ainda a propósito do impacto da pandemia na gestão de conhecimento foi colocada uma outra questão: essa mais focada no impacto que teve na qualidade dos processos.
O gráfico acima mostra as respostas de 57 organizações em Portugal à seguinte questão:
Por causa da pandemia da covid-19, muitas pessoas em muitas organizações passaram a trabalhar a partir de suas casas. Em muitas organizações, essa mudança levou ao repensar de práticas e rotinas e a uma maior utilização de ferramentas digitais de apoio ao trabalho. Que impacto é que este cenário teve na qualidade dos processos?
Os processos considerados foram os mesmos listados na pergunta anterior.
As opções de resposta foram:
- Impacto positivo
- Sem impacto
- Impacto negativo
- Não sei
A propósito deste tema, destacam-se alguns comentários deixados por quem respondeu:
“Claramente com o trabalho remoto a empresa preocupou-se em aprimorar a qualidade de seus processos de gestão do conhecimento. No entanto, é muito claro que os desafios de levantamento, retenção e captura de conhecimentos críticos ficaram também muito maiores. Uma outra tendência e mudança clara, também relacionada ao trabalho remoto foi o aumento do turnover, com possibilidades de trabalho remoto para outros países. Essa nova realidade exige uma gestão muito mais sofisticada do que as práticas tradicionais de GC.”
“O fenómeno ‘confinamento’ e consequente encerramento de instalações em 2020, aceleraram e vieram até facilitar a adesão ao uso de instrumentos já existentes na organização, mas aos quais se resistia a utilizar, e à procura de novos meios e novas formas de comunicação e partilha. No global, numa organização com processos enraizados na centralização de conhecimento e informação (sobretudo no patamar ‘chefia’) contribuiu fortemente para demonstrar as mais valias numa maior partilha e circularidade.”
“Pela natureza do negócio de consultoria, a presença física é muito útil, sobretudo para passar conhecimento tácito e suportar a interpretação de temáticas mais concretas, dai os impactos negativos acima elencados.”
“A partilha de informação com o tele-trabalho fica facilitada, pois estando em trabalho remoto os trabalhadores podem gerir melhor o seu tempo, quiçá fazer formações fora de horas, quando estando dentro do escritório fica mais dificultado.”
“Sem impacto na qualidade porque houve alterações nos processos e em alguns casos as ferramentas digitais utilizadas para compensar os aspectos negativos de falta de interação em pessoa.”
“De facto a pandemia acentuou também o modo de trabalho em reatividade. Contudo, por outro lado, acentuou também a vontade das equipas em inovar e em utilizar de forma mais eficiente novas ferramentas.
A crise pandémica deixou na nossa organização alguns resultados positivos que permitirão avançar para outro patamar: maior adesão ao trabalho síncrono, maior valorização da partilha de conhecimento e informação, maior destreza na utilização da tecnologia e vontade de aprender (transversal às várias gerações e formações em presença).”